
Os fatores ESG têm que receber a devida atenção dos governantes, evitando guerras com inimigos invisíveis e visíveis.
Acompanhe a carta do Gestor de Março de 2021 – FRAM Capital HANSSEN ESG FIA – onde abordam os efeitos causados pelo COVID-19 e quais as mudanças esperadas para o pós pandemia.
“Guerras
John F. Kennedy uma vez disse “O homem tem que colocar um fim à guerra antes que a guerra acabe com o homem”. Essa frase não poderia ser mais apropriada para descrever o momento em que vivemos.
A pandemia do Coronavírus nada mais é do que uma guerra contra um inimigo invisível, mas mesmo não visto aos olhos do homem mata com a veemência de uma
metralhadora das guerras modernas ou a espada das guerras antigas. Mas como as guerras do passado acabaram?
A Segunda Grande Guerra Mundial, considerada por muitos a pior delas, iniciou-se em 1939 com término após 6 anos, em 1945, matando mais de 70 milhões de pessoas, aproximadamente 3% da população mundial naquela época. Após o Eixo ter dominado grande parte da Europa, acabou espremido dos dois lados, com os soviéticos avançando sob o Leste Europeu e com os aliados ocidentais os empurrando cada vez mais em direção ao leste.
Os alemães acabaram por se render em 7 de maio de 1945 (Hitler suicidou-se em 30 de abril) após a entrada dos soviéticos em Berlim no dia 2 de maio. Porém, a rendição dos alemães não finalizou o conflito.
Ainda houve mais alguns meses de guerra no Pacífico, incluindo o lançamento das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki pelos Estados Unidos, até que no dia 2 de setembro do mesmo ano, com a quase total destruição de sua marinha, os japoneses finalmente se renderam.
O mundo que emergiu após guerra era muito diferente daquele do inicio do conflito. A Primeira Grande Guerra Mundial ocorreu entre 1914 e 1918, levando à morte de mais ou menos 18 milhões de pessoas. Essa foi a guerra que trouxe novas tecnologias de destruição nunca antes vistas.
Marcou os povos, uma vez que a grande maioria das famílias perdeu algum
ente querido. Foi ainda mais destrutiva, pois ajudou a espalhar a Gripe Espanhola pelo mundo, que se iniciou quando o conflito já estava em curso e que matou pelo menos mais 20 milhões de pessoas.
Os alemães, em 1917 se sentiram fortalecidos com a saída da Rússia do conflito para atender problemas internos (iniciava-se a guerra civil russa), apesar da entrada dos americanos na guerra naquele mesmo ano.
Sabiam que para ganhar teriam que iniciar uma grande ofensiva
antes que as tropas americanas chegassem, uma vez que os americanos, por terem recém entrado no conflito, não sentiam o mesmo cansaço que aqueles que estavam em guerra já fazia alguns anos. Mas os ingleses e franceses contra-atacaram. Quando os Americanos entraram no conflito a Alemanha já estava praticamente sozinha sem o suporte da maioria dos participantes do Eixo.
Além disso, os civis alemães sentiam o pesadelo da falta de comida e de doenças. Em novembro de 1918 os alemães se renderam. Em 1919 foi assinado o Tratado de Versailles mudando a geografia na Europa.
A conquista da Dinastia Ming pela Dinastia Qing durou de 1618 a 1683 e matou 25 milhões de pessoas. Começou com uma pequena rebelião no nordeste da China tornando-se um dos piores conflitos da história. Com a conquista do nordeste, iniciou-se a invasão da China em 1644, com os Manchus atravessando a Muralha da China.
Em seguida tomaram controle da capital Beijing e estabeleceram a Dinastia Qing, sendo esta a segunda vez em que a China não era governada pelos povos Han.
O avanço continuou até que em 1693 a Dinastia Qing controlou toda a China. Para se manter no poder, a Dinastia se isolou do mundo ao seu redor trocando apenas alguns itens como chá e prata além de manter uma disciplina severa que executava qualquer suspeito de traição.
A pandemia é uma guerra que já cobrou a vida de quase 3 milhões de pessoas no mundo. A pandemia, tal como as outras guerras, mata não apenas pelo vírus (ou armamentos nas guerras físicas), mas também de fome e outras doenças (já que as pessoas evitam ir a hospitais).
Os necessários lockdowns levaram a uma elevação do desemprego derrubando o PIB mundial em mais de 4% no ano de 2020. Como as guerras do passado, a guerra contra o vírus deve acabar pela entrada de um elemento novo ou pelo enfraquecimento de um dos lados. A vacina é este elemento novo e o causador do enfraquecimento do vírus.
Resta saber quanto tempo o elemento novo precisa para abater o inimigo. O vírus se modifica, abrindo novos fronts de guerra. Os cientistas lutam contra o tempo para que a vacina possa abater todas as variantes.
O fim das guerras levou a mudanças, que em muitos casos resultaram em novas guerras. Também houve grandes mudanças no comportamento da sociedade. A revolução russa levou à guerra fria, a primeira grande guerra mundial à segunda guerra mundial.
Já a segunda grande guerra levou à evolução tecnológica e ao inicio da igualdade dos gêneros. Por outro lado levou a investimentos abusivos que colocaram em cheque o bem estar do planeta Terra.
O fim da guerra contra o inimigo invisível deverá trazer mudanças comportamentais, algumas das quais já podemos ver. O home office, mesmo que não mais em tempo integral, deve ser um fato.
O aumento das compras por internet também. Esses fatores devem levar a outras mudanças, como a menor necessidade de espaços de escritório e procura por maiores espaços para a moradia.
Também deve levar a uma mudança na urbanização, com restaurantes e outros serviços se espalhando por diversas regiões, diminuindo a concentração próxima aos polos de escritórios.
Mas outras mudanças (e a nosso ver mais importantes) são esperadas, entre elas o maior cuidado com o planeta. O fim do desmatamento da floresta amazônica está no topo da lista de importância. Além disso, a maior igualdade entre os povos, em especial nos países mais pobres, onde a fome ajudou a aumentar o número de mortos durante a pandemia.
Cada vez mais os fatores ESG tem que receber a devida atenção dos governantes, evitando guerras com inimigos invisíveis e visíveis.
A carteira do fundo Hanssen, durante o mês de março, continuou com a estratégia de investimento em empresas que se beneficiam da abertura. Também fez uma posição em ações da Sul América em função da expectativa de aumento de resultados com a alta dos juros.
A volatilidade no mercado de câmbio, sem expectativas de que volte para abaixo de R$5,30/US$ este ano, nos levou a aumentar a exposição do fundo a empresas que se beneficiam do câmbio desvalorizado e, portanto aumentamos a posição em Suzano.”
Objetivo do Fundo
Buscar através de estratégias de investimentos, baseados nos cenários
traçados para a economia para o médio e o longo prazo e nas perspectivas de resultados para empresas socialmente responsáveis, trazer retornos
consistentes no longo prazo. A política de investimento do FUNDO consiste em aplicar no mínimo 67% de seu patrimônio líquido em empresas de capital aberto listados em mercados regulamentados e que apresentem um melhor desempenho ambiental, social e de governança corporativa (ESG) de acordo com critérios definidos em metodologia própria. O Fundo não investe em ações da Forjas Taurus, Petrobras e Vale por regulamento.
Público-alvo
O FUNDO é destinado ao público qualificado que busca obter retornos
superiores através do investimento em empresas responsáveis em relação a
sua posição na conservação do meio ambiente, na melhora das relações sociais e com uma boa governança corporativa.
Rentabilidade do Fundo


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